O Primeiro-Ministro português António Costa, anunciou que a política de cidades, a habitação e a recuperação da actividade das empresas do sector, são prioridades para 2017. Esta divulgação vem criar expectativas ao sector e na opinião de Reis Campos, presidente da CPCI - Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, permitir encarar o futuro imediato com um maior optimismo.

Reis Campos adianta mesmo que este sector é responsável por 50,1% do investimento da economia. "Se, por outro lado, juntarmos a perspectiva que foi assumida pelo Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, o qual anunciou investimentos em projectos estruturantes que, numa óptica de crescimento e de desenvolvimento produtivo, permitem dar resposta às efectivas necessidades do País e servir de alavanca ao investimento privado”, a Confederação reconhece que este pode ser um momento de viragem, na medida em que represente um compromisso firme, por parte do poder político, com o futuro.

Segundo o responsável existem mais de 1,5 milhões de casas a precisar de obras, 465 mil famílias a viver em alojamentos sobrelotados e uma habitação social para cada 16 portugueses em risco de pobreza. Programas como a “Casa Eficiente”, dinamizados pelo Ministro do Ambiente e tendo como entidade agregadora a CPCI, são um bom exemplo do que deve ser feito, tendo por objectivo alargar a Reabilitação Urbana a todo o país. "Este é o momento de concretizar as medidas que estão há muito identificadas e fazer das cidades instrumentos de competição à escala global", esclarece.

"Estou certo que não é apenas o sector que se revê nas palavras do Senhor Primeiro-Ministro, mas todo o país, já que o nosso futuro colectivo passa por criar emprego duradouro, por espaços urbanos dinâmicos e competitivos e por uma maior coesão territorial”, conclui Reis Campos.

Fonte: Diário Imobiliário