Os estudantes universitários têm cada vez mais dificuldade em encontrar alojamentos a preços acessíveis. Uma tendência que se deve manter nos próximos tempos, já que a procura é elevada e a oferta continua a ser escassa. Arrendar um quarto já chega a custar mais de 500 euros em Lisboa e no Porto.

Todos os anos há quase 200.000 estudantes, dos quais 43.000 estrangeiros, a procurar alojamento para o período letivo, escreve o Jornal de Notícias. Segundo Maria Empis, responsável pelo departamento de consultoria estratégica e research da JLL, o preço médio das rendas nas duas principais cidades portuguesas ronda os 550 euros.

Para a especialista, o Porto tem uma lacuna da ordem das 3.500 camas e em Lisboa faltam cerca de 10.000. Trata-se de uma falha no mercado que já foi detetada por investidores internacionais. “Há vários projetos em ‘pipeline’, sabemos que há interesse de fundos estrangeiros em investir neste segmento”, revelou Marta Empis.

Também Hugo Santos Ferreira, vice-presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), dá conta deste interesse. “É uma grande janela de oportunidade para os ‘players’ nacionais e internacionais, porque a população estudantil tende a aumentar e há uma enorme ausência de oferta, quer em termos de quantidade quer de diversidade”, disse, citado pela publicação.

Entre os investidores mais ativos no mercado nacional neste segmento estão o fundo Mefic Capital e a Round Hill, que têm um projeto para Paranhos (junto ao campus universitário) para construir um empreendimento com 1.200 camas. Também a Temprano, a Staytoo, a Uhub e a Student Ville estão “no mercado”.

Fonte: Redação Idealista (em: https://bit.ly/2HvEf4I )