A Juventude Popular (JP) de Braga exige ao Governo um reforço imediato das forças de segurança Pública na cidade e apela ao Ministério da Saúde que ceda uma parcela de terreno à Câmara Municipal de Braga que permita a pavimentação de uma artéria entre a Quinta da Armada e a Rua de Vilar, em S. Victor, nas imediações do campus de Gualtar da Universidade do Minho. Em causa o crescimento do número de habitantes no concelho de Braga que não está a ser acompanhado pelas forças públicas, consideram os jovens centristas, que alertam também para a nova vaga de insegurança junto aos 'bares da UMinho'.

Numa conferência de imprensa junto aos bares frequentados maioritariamente pela comunidade académica de Braga, o presidente da JP Braga, Francisco Mota lamentou o clima de insegurança vivido naquela zona.

Com o número crescente de assaltos e actos de violência junto ao campus de Gualtar da Universidade do Minho, a Juventude Popular de Braga recuperou a ideia, em tempos sugerida pela Associação Académica, de instalação de uma esquadra de proximidade da PSP naquela zona. "Esta artéria, que ainda não é artéria, mas que toda a gente a usa como tal, que liga a Quinta da Armada à rua de Vilar, é do Ministério da Saúde e aquilo que desafiamos o ministério é que a ceda imediatamente e a desafecte do resto da propriedade e a entregue à Câmara Municipal de Braga para que possamos criar as condições de iluminação pública, de segurança e de acesso, criando uma verdadeira via que há muito tempo já devia estar construída", explicou.

O alerta surge ainda para o facto de o crescimento do número de habitantes e de turistas na cidade não estar a ser acompanhado por um reforço do efectivo da Polícia de Segurança Pública na terceira maior cidade do país. Francisco Mota avisa que na actualidade "há uma redução de cerca de 20% do efectivo da PSP, mais de 50% está em trabalhos administrativos e a média de idades ascende aos 50 anos". "Isto significa, naquilo que é o quadro das aposentações para o ano de 2020, o mais próximo que podemos encontrar, é que a PSP terá mais bracarenses para assegurar o seu socorro e serão cada vez menos os recursos humanos. Esta é logo uma primeira problemática que apontamos com muita preocupação", notou Francisco Mota.

O presidente da JP de Braga avisa que o Governo precisa de investir rapidamente na terceira maior cidade do país. "Pedimos que sejam realocados meios para garantir um reforço imediato", disse o dirigente da juventude centrista que sugeriu ainda a construção do novo quartel da PSP e da GNR em Lamaçães, na antiga Quinta da Arcela. A JP pede também um reforço do número de viaturas disponíveis para as forças de segurança.

FONTE: RUM | Elsa Moura | Foto: Bruno Cerqueira