Há 21 meses consecutivos que a avaliação bancária está em alta. Em média, cada metro quadrado, em Portugal, consegue uma avaliação de 1.220 euros junto das instituições financeiras.
A avaliação bancária continua sem dar sinais de abrandamento. E, pelo vigésimo primeiro mês consecutivo, em dezembro, voltou a aumentar, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Atingiu os 1.220 euros por metro quadrado, o que representa o valor mais elevado em quase 11 anos. Trata-se de um máximo desde o primeiro trimestre de 2008.

A avaliação que é utilizada pelos bancos na hora de conceder crédito à habitação mantém-se em alta. No último mês do ano passado, atingiu os 1.220 euros por metro quadrado, exatamente o mesmo valor fixado no primeiro trimestre de 2008, quando o INE divulgava estes dados trimestralmente e não com uma periodicidade mensal.

"O valor médio de avaliação bancária foi 1.220 euros em dezembro, mais cinco euros que o observado no mês precedente. Este valor representa um aumento de 0,4% relativamente a novembro e 6,1% face ao mesmo mês do ano anterior", revela o INE.

Com esta evolução, o valor médio de avaliação situou-se em 1.192 euros por metro quadrado, o que representa um aumento de 5,8% relativamente ao ano anterior. Em 2017, o aumento tinha sido de 5%. Verificou-se um aumento homólogo da avaliação bancária em todas as regiões. O Algarve e Norte foram aquelas onde as subidas foram mais expressivas: 7,4% e 7,3%, respetivamente.

Por tipo de habitação, a avaliação dos apartamentos subiu sete euros em dezembro, para 1.284 euros por metro quadrado, enquanto nas moradias aumentou quatro euros para 1.119 euros por metro quadrado.

E, numa análise regional, a maior subida mensal ocorreu na Região Autónoma da Madeira, onde se verificou um crescimento de 1,4%, enquanto o pior desempenho ocorreu no Centro, a única região onde se verificou uma descida, de 0,2%.

"Em comparação com o período homólogo, o valor médio das avaliações cresceu 6,1% (70 euros), tendo o valor de apartamentos e de moradias aumentado 7,0% e 4,9%, respetivamente", sublinha o INE.

FONTE: Jornal de Negócios | Lusa | Raquel Godinho | 25 de janeiro de 2019 às 11:11